A era em que o homem sonhou em desbravar os céus finalmente começou no início do século XX. Com a chegada da aviação, o ser humano passou a ter um grande domínio dos ares, e a evolução do “mais pesado que o ar” permitiu múltiplos empregos do mesmo. Somado a isso, o objetivo militar de todas as gerações sempre foi poder atacar seu inimigo com chances baixas de ser contra atacado. E somente no início do século passado isso se tornou possível, com um dos empregos da aviação (mesmo que ainda de forma arcaica), sendo empregada militarmente, com participações ainda discretas em conflitos.
Máquinas de madeira e pano, com motores rústicos e de baixa potência voaram na Primeira Guerra Mundial (1914-1917), com a função primária de observar a posição do inimigo, e também em ataques aéreos de baixo poder de fogo. Era o próprio piloto ou navegador que lançava bombas incendiárias e granadas de mão. Até mesmo trocavam tiros uns com os outros com suas pistolas.
Foi nesse conflito que surgiu o grande ás alemão Manfred Von Richtofen e seu Barão Vermelho.

Houve também a utilização de dirigíveis, como o Zepellin Hindenburg, mas este mostrou grande instabilidade e insegurança, devido a ser usado o gás Hidrogênio, altamente inflamável, o que levou a um grande acidente em 1937.

Já na Segunda Grande Guerra, (1939-1945) houve um incremento gigantesco na evolução da tecnologia aeronáutica, tanto de materiais, motores, e equipamentos de navegação, sendo neste período inventados os primeiros aviões com motores a reação. Foi nesta guerra, especificamente em 1940, que ouve a Batalha da Grã-Bretanha, onde a Royal Air Force – RAF (Força Aérea Do Reino Unido) defendeu ferozmente a ilha dos ataques também ferozes da Luftwaffe (Força Aérea Alemã). Este conflito teve a participação de cerca de 2000 aeronaves da RAF e de 2500 aeronaves alemãs, e foi considerado o primeiro embate exclusivamente aéreo da História das guerras.
Até a Segunda Guerra, o domínio de poderio militar se baseava em qual país dispusesse de navios encouraçados e grandes navios torpedeiros. Porém, com a chegada das aeronaves militares e sua evolução, esse quadro mudou. Os países que dispusessem de aeronaves de combate aéreo e de bombardeio passaram a tomar o protagonismo da Guerra. Um exemplo foi o caso do poderosíssimo encouraçado alemão Bismarck, que em sua primeira batalha foi destruída por aviões dos aliados.



Após uma década, teve início a Guerra do Vietnã (1955-1975) que se destacou pela enorme diferença tecnológica entre as forças combatentes, o Vietnã do Sul, apoiado pelos EUA, contra o Vietnã do Norte, apoiado pela China e URSS. Nesta guerra, a Força Aérea Americana (USAF) a aviação da Marinha americana (US Navy) usaram como estratégia a força numérica, o treinamento superior e tecnologia avançada, como mísseis guiados por radar, contramedidas eletrônicas e até bombas guiadas a laser. O Vietnã do Norte, por outro lado, usava equipamento militar russo, alguns, como o MiG-17, embora rudimentar, era temido pelos EUA.

Mesmo em menor número a Força Aérea Popular do Vietnã alcançou notáveis vitórias nos combates aéreos neste conflito. Outra característica a se destacar era a diferença no tamanho das aeronaves combatentes, como exemplo, entre o MiG-17 e o McDonnell Douglas F-4 Phantom II. Aviões eram utilizados também para aplicação do famoso e polêmico “agente laranja”, polêmico até hoje.

Podemos citar também o uso intensivo de helicópteros, tanto para transporte de tropas e mantimentos, quanto para ataque. Este pode ser considerado o primeiro conflito o qual os helicópteros tiveram papel fundamental em ambos os lados.

Após 15 anos do final da Guerra do Vietnã, iniciou-se a Guerra do Golfo (1990-1991), onde todos os limites pensáveis foram batidos. Notou-se a enorme evolução tecnológica aeronáutica norte-americana, e também no colossal crescimento da quantidade de aeronaves adquiridas, assim como a utilização de mísseis de cruzeiro os quais eram lançados remotamente, sem a necessidade do uso de bombardeiros.

Esses mísseis eram lançados de uma enorme distância com grande precisão, não sendo necessário assim colocar a vida de pilotos e operadores em risco. Foi nesta guerra também que foi observado pela primeira vez o uso de aeronaves furtivas com tecnologia stealth (“invisíveis” aos radares), como o lendário F-117 Nighthawk. Esta aeronave demonstrou ao mundo a imensa capacidade tecnológica da indústria aeronáutica norte-americana. Podem ser citados também o uso de novas tecnologias aeronáuticas em conflitos na década de 1990 e 2000, como as Guerras do Kosovo, Iraque e Afeganistao.

Esta última com um grande avanço tecnológico, como os caríssimos mísseis Tomahawk de alto poder de destruição, o moderno caça multifuncional F-22 Raptor a até, o que pode se dizer, o maior salto tecnológico das últimas décadas: os VANTs (Veículo Aéreo Não Tripulado). Estes estão cada vez mais dominando os campos de batalhas, e seus ataques fulminantes causam espanto em todos que o presenciam. Com a precisão cada vez maior dos sistemas de comunicação e localização por satélite, tornaram seu uso cada vez mais presente, devido à maior segurança e desempenho similar ao uso de aviões tripulados.
Essas aeronaves servem tanto para monitoramento, reconhecimento e também para ataque. Mais recentemente governo americano de voo que está desenvolvendo aeronaves não tripuladas para reabastecimento aéreo. Enquanto tais aeronaves estão desempenhando papéis na frente de batalha, os militares que os controlam estão a milhares de km de distância em segurança. Enquanto tais aeronaves estão desempenhando papéis na frente de batalha, os militares que os controlam remotamente estão a milhares de quilômetros de distância em segurança.

O uso desses veículos aéreos não tripulados têm também causado certo desconforto da comunidade internacional. Com seu uso cada vez mais frequente, especialmente os últimos conflitos na Síria, Turquia e contra o Estado Islâmico, a enorme capacidade de destruição e quantidade de vítimas fez com que isso chamasse a atenção de organizações humanitárias e também da Organização das Nações Unidas (ONU). Estes alegam que o uso de veículos não tripulados pode acarretar em erros de alvos e também uma destruição exacerbada, causando assim a morte de inocentes.
Embora exista protestos por por parte de órgãos internacionais, a a犀利士
viação militar nunca deixará de evoluir. O que vemos hoje nas guerras são tecnologias desenvolvidas a muitos anos atrás e o que é desenvolvido nos porões secretos e hangares escondidos ao redor do mundo, só veremos daqui a muitos anos. É o caso por exemplo, do F-117 Nighthawk, que só foi visto em público no ano de 1990 e cujo projeto e produção são datados da década de 1970. Assim como aviação militar contribuiu para aviação civil em todo seu desenvolvimento no último século, o que é desenvolvido hoje será utilizado também daqui a algumas décadas por nós ou, provavelmente, por nossos filhos e netos. A tecnologia aeronáutica e a civil andam juntas, pois uma depende da outra. O GPS que usamos hoje em dia no nosso carro para ir ao supermercado, foi desenvolvido para fins militares na década de 1960. Os motores a jato que são usados nas aeronaves comerciais das companhias aéreas, teve seu desenvolvimento durante a Segunda Guerra Mundial. Portanto, conclui-se que, embora aviação Militar gere revolta (com razão) devido as mortes e destruição que causa, porém não pode se deixar de admitir que foi ela que desenvolveu a maioria da tecnologia empregada na aviação civil atualmente. E no futuro, usufruiremos de tais tecnologias que estão hoje sendo desenvolvidas nos laboratórios mais secretos do mundo, as quais somente a imaginação, ou um alto cargo dos serviços secretos, podem nos proporcionar.